Seu maior concorrente não é a outra empresa. É o ‘filtro’ do Google, do Instagram e da IA.
Por décadas, fomos ensinados a focar no “cliente”. Construímos personas, mapas de empatia e jornadas complexas do consumidor. Investimos milhões para entender a psicologia humana. E estávamos certos.
Até agora.
Hoje, existe um cliente “fantasma” que você precisa agradar antes de ter a permissão de falar com o cliente humano.
Esse cliente não tem emoções. Ele não se importa com seu “propósito” ou com a sua “história de superação”. Ele não dorme, não se cansa e analisa trilhões de pontos de dados por segundo.
Ele é o algoritmo. E, estrategicamente, ele é o seu primeiro cliente. Se você falhar em “vender” para ele, você nem sequer entra no jogo.
O Fim do B2B/B2C. Bem-vindo ao H2A2H.
A sua equipe de marketing ainda pensa em termos de B2B (Business-to-Business) ou B2C (Business-to-Consumer). São conceitos ultrapassados. Eles presumem uma linha direta entre você e o seu cliente.
Essa linha direta não existe mais.
O modelo operacional real de qualquer negócio digital hoje é o H2A2H: Human-to-Algorithm-to-Human (Humano-para-Algoritmo-para-Humano).
Funciona assim:
- Você (Humano 1) cria uma oferta, um conteúdo, um produto.
- Você o submete ao Algoritmo (O Filtro).
- O Algoritmo decide se, quando e como mostrar sua oferta ao Cliente (Humano 2).
Isso não é apenas “SEO” ou “mídia paga”. É a infraestrutura fundamental do mercado. O LinkedIn decide qual conexão vê seu artigo. O Instagram decide qual seguidor vê seu post. O Google decide qual empresa aparece na busca por “melhor solução para X”.
Seu maior concorrente não é a empresa que vende um produto similar. Seu maior concorrente é a invisibilidade imposta pelo filtro.
A Tese: O Algoritmo é o Novo “Porteiro” do Mercado
Pense no algoritmo como o porteiro do prédio comercial mais disputado do mundo – o prédio onde todos os seus clientes ideais estão.
Você pode ter o melhor produto, a melhor apresentação e a oferta mais impactante. Mas se você não agradar o porteiro, você fica “preso na recepção”. Você não sobe. O cliente no 30º andar nem fica sabendo que você existe.
O marketing antigo tentava gritar mais alto no lobby. O marketing estratégico moderno foca em ter o nome na lista VIP do porteiro.
Como se faz isso? Não é com “hacks”. É provando relevância e autoridade na linguagem que a máquina entende: dados estruturados, consistência, velocidade, sinais de confiança e, acima de tudo, a capacidade de reter a atenção humana quando o algoritmo lhe dá uma chance.
O Prompt é Mais Importante que o Briefing
Até ontem, o jogo era sobre ser o “link azul” número um. O algoritmo indicava o caminho.
Hoje, com a ascensão da IA generativa, o jogo mudou radicalemente. O algoritmo não indica mais. Ele responde.
Seu cliente não digita mais “empresas de marketing digital Sorocaba”. Ele pergunta ao ChatGPT, ao Perplexity ou ao Google SGE: “Preciso de uma estratégia de marketing disruptiva em Sorocaba. Quem pode me ajudar e por quê?”
A IA vai ler tudo sobre você, tudo sobre seus concorrentes, e vai sintetizar uma resposta. Ela não vai te dar 10 links; ela vai dar A resposta.
Isso nos leva a uma conclusão estratégica brutal:
O prompt que seu cliente digita no ChatGPT é mais importante que o briefing que você cria com sua agência de publicidade.
O briefing define a sua mensagem. O prompt define a necessidade do cliente, no idioma dele, que a IA usará para te encontrar (ou te ignorar). Se o seu site, seus artigos e sua presença digital não respondem diretamente a esses prompts profundos, você não existe na nova economia da IA.
Sua “Marca” é a Resposta da IA
Neste novo cenário H2A2H, o que é “branding”?
A sua “marca” não é mais o que você diz que é. Não é seu logo, seu “tom de voz” ou seu manifesto de propósito.
A sua marca é a sua capacidade de ser a resposta mais relevante que a IA decide entregar.
Seu branding, portanto, tornou-se um exercício técnico: sua autoridade de domínio, a clareza da sua proposta de valor, a profundidade do seu conteúdo, a forma como sua informação é estruturada.
O jogo do marketing agora é duplo:
- Satisfazer a lógica fria da máquina (para passar pelo porteiro).
- Entregar a ressonância emocional humana (para fechar a venda quando a porta se abrir).
A maioria das empresas foca apenas no segundo ponto. E é por isso que elas estão falando sozinhas na recepção do prédio.
Sua estratégia de marketing atual passaria pela ‘aprovação’ de um robô? Seja honesto.
Marketing no Ponto Cego (E-book)
Seus testes A/B estão apenas otimizando o fracasso.
A IA é brilhante em encontrar a melhor forma de dizer a mesma coisa medíocre que seus concorrentes. Ela otimiza o óbvio. E na era da saturação de conteúdo, o óbvio é invisível.
Este manifesto destrói a “falácia da otimização”.
Elton Lemos apresenta um novo modelo mental: “A Negociação da Relevância”. É a sua única estratégia quando o “grito” (marketing de volume) não funciona mais.
Aprenda a encontrar o “Ponto Cego”: a vulnerabilidade estratégica e a dor humana que seus concorrentes, ocupados demais otimizando o genérico, não podem ver.
Este não é um guia de táticas. É um framework de estratégia humana para ser ouvido quando todos estão gritando.
Pare de otimizar o óbvio. Comece a ressoar. Adquira agora.

